Desde que iniciei a minha formação como Analista Corporal, um mundo de oportunidades se abriu para mim. Oportunidades para entender como eu funciono e também como os outros funcionam e assim melhorar a forma como eu me relaciono com o mundo.
Nunca a frase “seja você mesmo” fez tanto sentido pra mim, mas para ser eu mesma precisei antes entender “quem sou eu”. O entendimento veio quando fui apresentada para os meus traços de caracteres. Minhas dores e minhas potencialidades ficaram escancaradas e eu descobri que vivi na dor dos meus traços por muito tempo.
A dor dos meu traços e a virada de chave
O choro contido, as explosões de temperamento, a dificuldade em aceitar os erros (meus e dos outros), a dificuldade em aceitar ajuda, elogios, presentes. A necessidade de tudo, absolutamente tudo, ter que ser perfeito e do meu jeito, é claro. Foram anos assim, para conseguir me adequar, me encaixar e ser aceita. Para não sentir a dor do abandono, da manipulação, da humilhação e da traição, eu criei atalhos, eu busquei ser uma pessoa que eu não sou. E isso foi muito dolorido.
Sim meus caros, dos cinco traços de caracteres, eu tenho quatro bem distribuídos. O lado bom é que um pode suprir as necessidades dos outro e podem se ajudar quando estou no recurso. O lado ruim é a grande confusão mental que eles causam quando estou na dor, e a dor de um puxa a do outro.
Na formação como Analista Corporal a gente começa aprendendo que para usufruir dos nossos recursos não podemos ser qualquer coisa: somos aquilo que precisamos ser.
Então se você me encontrar por aí chorando, é a minha oral que precisa colocar para fora o que está preso no peito, e que na maioria das vezes só faz sentido pra mim. Se parecer que estou tentando ter alguma vantagem é a minha psicopata que precisa agir assim para se proteger. Quando eu deixar de fazer por você, aquilo que estava habituada a fazer, é a minha masoquista que aprendeu que eu posso ser prioridade na minha vida. Se parecer que quero me exibir, sendo a melhor, é a minha rígida trabalhando para que eu possa brilhar e assumir as responsabilidades que me propus. E sobre a minha esquizóide? É tão pequena que não dá nem tempo de ser percebida!!!!
Essas mudanças no meu comportamento podem afetar muitas pessoas e eu sei que algumas não vão gostar, pois usufruíam dos meu traços na dor. É claro que isso não é culpa dessas pessoas, e tampouco minha, foi apenas o reflexo de um cenário que foi ajustado e que já não faz parte da minha vida. Se essas pessoas souberem aceitar a Denise nova que nasce aqui, serão recebidas de braços abertos (minha oral vai amar!).
Como eu descobri tudo isso? Por meio da Análise Corporal, a forma do nosso corpo conta histórias sobre nós que nem podemos imaginar e em breve terminarei minha formação.
A cada aula, cada vez que chego mais perto da minha certificação, entendo melhor como eu funciono e em breve estarei pronta para te ajudar a entender como você pensa, sente e age, também.