Muito se fala da importância em desenvolver a inteligência emocional, mas isso torna-se uma tarefa desafiadora quando vivemos expostos à pessoas e situações que não nos favorecem e precisamos adaptar o nosso padrão de funcionamento aos cenários.

Somos movidos principalmente pelos sentimentos e o autoconhecimento é o primeiro passo para entender como os sentimentos afetam nossa vida. Quando conhecemos o nosso padrão de funcionamento fica muito fácil praticar a inteligência emocional diariamente.

Os cinco pilares da Inteligência emocional

1. Conhecer as Próprias Emoções

O autoconhecimento é o primeiro passo para desenvolver a Inteligência Emocional. Para isso, é fundamental identificar e nomear corretamente as emoções que surgem em diferentes situações. Questione-se:

• O que está por trás de sentimentos como frustração ou ansiedade?
• Há algum medo ou insegurança escondido?

Um exercício simples para aprimorar essa habilidade é registrar, diariamente, as emoções percebidas e como você lidou com elas. Essa prática ajuda a reconhecer padrões e facilita o processo gradual de autodescoberta.

2. Controlar as Emoções

Gerenciar as emoções começa com o conhecimento delas. Após identificar os sentimentos, é importante avaliar como reagir a eles de maneira consciente.

Ao final de uma semana registrando suas emoções, pergunte-se:

• Quais foram os sentimentos mais recorrentes?
• Minhas reações foram apropriadas?

Daniel Goleman, psicólogo e jornalista científico conhecido como o “pai da Inteligência Emocional”, também destaca a importância de diferenciar autopercepção (como você enxerga suas ações) de heteropercepção (como os outros percebem você). Entender essa distinção permite evitar mal-entendidos e melhorar sua comunicação interpessoal.

3. Automotivação

A automotivação está diretamente ligada à capacidade de controlar as emoções e manter o foco nos objetivos, mesmo diante de desafios. Para isso, é necessário romper com padrões de pensamento limitantes, como o famoso “eu sou assim mesmo”.

Acredite no seu potencial de mudança e concentre-se nos benefícios que o desenvolvimento da Inteligência Emocional pode trazer, como melhorias no trabalho, nos relacionamentos e na qualidade de vida.

4. Empatia

A empatia é a habilidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo seus sentimentos e perspectivas sem julgamentos. Isso exige dedicação e disposição para entender o contexto emocional das outras pessoas.

Praticar a empatia fortalece as relações humanas, melhora a comunicação e amplia sua capacidade de lidar com diferentes situações. Afinal, entender os desejos e motivações dos outros é essencial para viver em sociedade de forma harmoniosa.

5. Relacionar-se Interpessoalmente

Somos seres sociais, e a qualidade dos nossos relacionamentos impacta diretamente em nosso bem-estar. Saber equilibrar empatia, autocontrole e autoconsciência é fundamental para construir conexões saudáveis.

Cultivar relacionamentos baseados no respeito e na confiança cria um ambiente positivo, seja no trabalho, na família ou em outros círculos sociais. Quanto mais você aprimora sua Inteligência Emocional, mais facilmente consegue estabelecer laços significativos.

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Como conhecer seu padrão de funcionamento

Conforme nosso sistema nervoso amadurece, nos primeiros anos de vida, imprime no nosso corpo percepções que tivemos às diversas situações em que fomos expostsos na infância.

Essas percepções formam nossos traços de caracteres e determinam o nosso padrão de funcionamento.

Todos temos cinco traços de caracteres, o que muda é a sua distribuição, fazendo com que tenhamos algumas características mais fortes do que outras, representando modos de defesa e adaptação do indivíduo ao ambiente. Eles são:

Esquizoide

• • Características:Corpo magro e alongado. Tendência a viver no mundo da fantasia. Dificuldade em expressar sentimentos e formar conexões profundas.
    
    
    • Pontos fortes: criatividade, intuição e ideias inovadoras.
  • Relação com a Inteligência Emocional: A autoconsciência pode ser trabalhada para fortalecer a conexão com as emoções e construir relações interpessoais saudáveis.

Oral

• • • Características: Corpo arredondado e músculos flácidos. Voz infantilizada e tendência a hábitos como comer ou fumar em excesso. Dependência emocional e busca constante por aprovação.
      
      
      • Pontos fortes: excelente comunicação, empatia e habilidade para cuidar de outros.
    • Relação com a Inteligência Emocional: O desenvolvimento da autorregulação emocional e da autossuficiência pode ajudar a reduzir a dependência emocional.

Psicopata

• • • • Características: Corpo com formato de triângulo invertido (ombros largos e quadris estreitos). Tendência ao carisma, negociação e liderança. Dificuldade em confiar nos outros e hábito de “jogar” para se proteger.
        
        
        • Pontos fortes: habilidades de liderança e comunicação persuasiva.
      • Relação com a Inteligência Emocional: Trabalhar a empatia e a honestidade emocional pode ser essencial para equilibrar as relações interpessoais.

Masoquista

• • • • • Características: Corpo mais pesado e quadrado, com energia acumulada. Tendência a suportar sofrimento para evitar conflitos. Detalhista e aversão à exposição emocional.
          
          
          • Pontos fortes: organização, paciência e habilidade para planejamento meticuloso.
        • Relação com a Inteligência Emocional: É importante aprender a expressar emoções e a colocar limites saudáveis, para não se sobrecarregar, fortalecendo a autorregulação emocional.

Rígido:

• • • • Características: Corpo bem definido, com músculos tonificados e curvas harmoniosas. Competitividade extrema e busca por validação. Tendência a separar amor e sexualidade.
        
        
        • Pontos fortes: disciplina, estética apurada e comprometimento.
      • Relação com a Inteligência Emocional: Aprender a aceitar vulnerabilidades e a flexibilizar expectativas pode promover maior equilíbrio emocional.

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Os traços de caracteres são como mapas emocionais que moldam quem somos, mas não limitam. Compreender e aceitar esses traços é um ato de autoconhecimento profundo que pode transformar a forma como vivemos nossas emoções e interagimos com o mundo, tornando o desenvolvimento dos cinco pilares da Inteligência Emocional, mais leve e próximo de realizar.